Primeiramente a sugestão que faço é o paciente passar por avaliação especializada para saber o Alvo da sua Dor. Após exame Clinico e exames de imagem teremos o diagnóstico especifico e saberemos qual o melhor tratamento.

A principio a indicação inicial provavelmente será  através de medicações, fisioterapia e exercícios. Nas reavaliações podemos pensar em procedimentos para alivio da dor ( como bloqueio de nervos) e no caso de não haver melhora clinica, pode-se levar em consideração a possibilidade de se fazer um tratamento cirúrgico ( invasivo ou menos invasivo).

Considerar um procedimento na coluna é decisão que precisa estar baseada especialmente no que chamamos de os três Es: Experiência do profissional, Expectativa do paciente e Evidência científica.

Essa é uma pergunta frequente, e medo constante dos pacientes candidatos a cirurgia de coluna.

Quero tranquilizá-los , cada caso é diferente de outro.

Geralmente os pacientes que ficam de cadeira de rodas são operados em consequência a acidentes de alta energia – portanto a lesão medular acontece no acidente , e não durante a Cirurgia.

A grande maioria das cirurgia das coluna – tanto cervical , quanto lombar – tem risco mínimo disso acontecer pois existe todo um planejamento antes de qualquer procedimento , através da experiência do Cirurgião, exames de imagem, exames pré operatórios e definição do plano cirúrgico.

Inclusive na atualidade existe um médico que pode ficar controlando a função da medula durante a cirurgia, a fim de garantir maior segurança no trans-operatório.

No Geral, os riscos estão relacionados a gravidade da doença, como tempo de evolução, se o paciente já apresenta sinais de fraqueza nas pernas ou braços, dormência , enformigamento há mais de 3 meses, enfim, são sinais que a medula ou raízes já estão em sofrimento.

Existe a Cultura de achar que em coluna não se deve mexer, mas a verdade dos fatos é que a Cirurgia de Coluna nos últimos 20 anos mudou muito através do conhecimento e novas técnicas menos invasivas.

Uma dica importante é não comparar a sua doença com a de um conhecido, pois existem inúmeros fatores que influenciam a melhora da dor.Inclusive sempre falo para meus pacientes é que a Comparação deve ser relacionada ao Dia Anterior ao da Cirurgia ( em que geralmente os pacientes estão com muita dor) e não a comparação de quando tinha 18 anos de idade e toda uma vida pela frente.

Em pacientes obesos e acima de 70 anos, quando as cirurgias envolvem múltiplos níveis (acima de quatro níveis ou segmentos especiamente), e para pacientes com comorbidades associadas (diabetes, problemas cardíacos ou circulatórios, etc)..

É importante saber que alguns eventos no período pós-operatório como formação de seroma ou hematoma, dor residual ao longo da perna ou dormência, dor no local da ferida, dores de cabeça, mal estar entre outras queixas, não significam que algo deu errado. São eventos comuns e totalmente possíveis de serem corrigidos.

Em especial a dormência residual na perna ou perda de força – que são frequentes – em função do grau avançado de compressão das raízes no período pré-operatório, e por isso , fica a dica de não deixar a doença evoluir por muito tempo.

Atualmente , não são todas as cirurgias que precisam de implantes, por muitas vezes a remoção via aberta ou por Cirurgia de Video da estrutura lesada podem melhorar muito a qualidade de vida dos que sofrem de dor.